Ecos de Marfim

Arthur POV

A chuva caía fina, quase transparente, dissolvendo o reflexo da lua nas águas escuras.

Arthur permaneceu parado no Cais do Luar por tempo demais.

O vento frio grudava a camisa em seu corpo, e as mãos, apoiadas no parapeito de ferro, tremiam — não de frio, mas de exaustão.

Isabela havia ido embora.

E com ela, tudo o que restava dele.

O som do mar era um lembrete cruel:

O amor, quando não morre, se transforma em castigo.

Ele fechou os olhos, e a memória o arrastou para longe dali —

para o tempo em que ainda acreditava que podia escolher o próprio destino.

Antes do casamento — dois anos atrás

O salão da Fundação Monteiro cheirava a poder e perfume caro.

Arthur lembrava-se nitidamente da primeira vez que viu Isabela.

Ela não estava sozinha — era o centro gravitacional do lugar, ainda que calada.

Vestia um terno branco que contrastava com a pele clara e os olhos verdes como vidro sob luz.

Não sorria. Observava.

Naquele tempo, ele acreditava que ela fosse uma jogadora fr
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