P.O.V. Dimitri Vassiliev
O ruído constante das hélices era como um mantra metálico cortando o céu noturno.
Do alto, o País A parecia uma ferida de luzes — cidades pulsando como circuitos expostos, rios refletindo o brilho pálido da lua.
Dimitri manteve os olhos fixos no horizonte, as mãos firmes sobre o coldre do uniforme tático negro.
Nicole estava ao lado dele, o semblante impassível, os cabelos presos em um coque militar que não cedia nem ao vento que escapava pelas frestas do helicóptero.
— A frequência de comunicação entre Isabela e o grupo dela está estável? — perguntou ele, rompendo o silêncio.
— Estável, mas... — Nicole olhou o tablet holográfico sobre o colo — há interferências eletromagnéticas vindo do norte. Possivelmente de Marais. A antiga base Monteiro.
Dimitri assentiu devagar. — Então Cael quer ser encontrado.
— Ou quer que pensemos isso — respondeu ela, sem erguer o olhar.
O silêncio voltou a se estender entre os dois, pesado e tenso. Apenas o som grave das pás cortan