CAPÍTULO 78
Entre o silêncio e a verdade que pesa
O carro parou na entrada lateral da clínica particular. Funcionários uniformizados abriram a porta, e Caio desceu rápido, ajudando Alinna a manter a cabeça de Eduard apoiada no colo dela. Em poucos segundos, o colocaram numa maca e o empurraram para dentro.
No corredor, Alinna andava ao lado, sentindo o frio no estômago aumentar. Caio, ao lado oposto, observava tudo com atenção, os olhos sempre alternando entre o rosto dela e o corpo imóvel do irmão.
Na sala de atendimento, dois enfermeiros instalaram Eduard na cama. O médico, um homem de meia-idade, de semblante sério, examinou-o rapidamente.
— Está me ouvindo, Eduard? — perguntou, iluminando-lhe os olhos com uma pequena lanterna.
Eduard mexeu a cabeça afirmativamente e soltou um gemido. — Muita dor… na cabeça… e atrás do olho esquerdo.
O médico trocou um olhar rápido com a enfermeira. — Vamos fazer uma ressonância. Preciso verificar o que está acontecendo.
Eduard fechou os olhos, res