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O Jogo que Nunca acabou

CAPÍTULO 75

Quando dois irmãos entendem que o jogo só acaba quando o outro, aceita a derrota.

Ela parou. O nome dela na voz dele sempre foi uma casa. Não um endereço; um lugar.

— Caio — respondeu, e o peito obedeceu ao próprio passado, levantando e caindo mais devagar.

Não havia plateia ali. O corredor era uma ponte curta entre dois precipícios. De perto, ele a viu por inteiro: a força e a fadiga, o brilho e a rachadura. De perto, ela viu nele o que sempre reconhecera — a honestidade crua, o perigo de sentir demais.

— Você está bem? — perguntou ele, sem enfeites.

Ela deu uma risada curta, sem humor.

— Estou com cara de quem está bem? — e baixou a voz, como quem faz um voto para si mesma — Mas vou ficar.

A resposta parou o tempo o suficiente para que ambos entendessem que nada do que importava aconteceria em voz alta ali. O chão voltou a deslizar sob os pés. Mais adiante, na boca do corredor, um garçom passou carregando um arranjo de taças.

— Eu posso… — Caio começou, e interrompeu. Nã
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