Cheiro de Casa... Gosto de Mãe
CAPÍTULO 31
Onde o passado volta à mesa, e o presente começa a amolecer o futuro
— Eduard… — ela disse, num tom leve, mas firme. — Eu queria te pedir uma coisa.
Ele a olhou curioso.
— Diga.
— Vem morar na mansão comigo.
Ele arregalou os olhos, surpreso.
— Está me convidando?
— Estou dizendo que talvez… com você lá, tudo fique mais leve.
Por um segundo, ele não respondeu. Depois, assentiu devagar.
— Está bem. Eu aceito.
Ela sorriu com delicadeza.
Os dois entraram no carro e seguiram juntos até uma floricultura. Alinna escolheu lírios brancos e rosas em tons de creme. Pegou também duas pequenas velas e pediu ao florista que embrulhasse com cuidado. Jarbas os acompanhava, discreto e atento.
De lá, foram ao cemitério.
O vento parecia mais frio naquele fim de tarde. O céu cinza dava ao lugar uma paz nostálgica. Alinna caminhou em silêncio até o túmulo dos pais. Ajoelhou-se. Tocou a lápide com reverência. Acendeu as velas. Depositou as flores.
E então, sem aviso, chorou.
Chorou como quem nã