CAPÍTULO 125
Quando o amor perdido sangra em tela
As lágrimas ainda escorriam pelo rosto de Alinna quando ela, com mãos trêmulas, pegou novamente o celular. O coração pedia para parar, mas algo dentro dela implorava para ouvir tudo, até o fim.
— Não… eu preciso ver… — sussurrou, a voz embargada.
O dedo dela clicou no próximo vídeo.
A imagem surgiu trêmula. Eduard aparecia quase bêbado, os olhos vermelhos, a gravata solta, a camisa amarrotada. Atrás dele, uma cama desarrumada em um quarto barato de hotel.
— Oi, amor… — a voz dele arrastava, embebida em álcool e solidão. — Sabe onde eu tô? Aqui… num hotel qualquer, comemorando com você… nosso primeiro ano de casados. Sozinho.
Ele riu, mas era um riso amargo. O rosto dele logo se contraiu e as lágrimas caíram.
— Sabe por quê? Porque você não me ama. — ele cuspiu as palavras. — Não sente porra nenhuma, caralho. Porra nenhuma, Alinna!
Ele bateu o punho na mesa ao lado, fazendo a câmera tremer.
— Eu chego tarde em casa… você tá dormindo. Eu