Mikhail Vasiliev
O silêncio depois dos tiros era pior do que o barulho. Um silêncio pesado, cheio de poeira, de cheiro de pólvora. Minha respiração saía acelerada, e por um instante parecia que todos ao redor estavam sem entender o que tinha acabado de acontecer.
— Protejam a minha mãe! — gritei, a voz firme, mesmo que por dentro eu sentisse o chão escapar. Dois homens correram até a cadeira de rodas, formando um escudo ao redor dela. Vi que ela tremia, assustada, mas estava viva. Era isso que importava.
Eu não sabia se o caos recomeçaria, então era melhor prevenir do que remediar.
Corri os olhos pelo jardim destruído. Mesas viradas, flores esmagadas, convidados escondidos atrás das cadeiras. O casamento que eu tinha prometido a Alena… transformado em uma cena de guerra.
— Como isso aconteceu? — perguntei, segurando pelo colarinho um dos meus seguranças. — Como eles entraram?
O homem gaguejou:
— N-não sabemos ainda, senhor. Os atiradores sumiram tão rápido quanto apareceram.
Soltei e