Alena Petrova
Assim que abri a porta da mansão, encontrei Ilya andando de um lado para o outro pela sala. O cabelo meio desgrenhado, a expressão carregada, e o celular ainda na mão denunciavam que ela estava prestes a sair atrás de mim.
— Aí está a ratinha fujona! — ela disparou assim que me viu, com um tom que misturava alívio e irritação. — Onde você estava?
— Fui…
— Foi? Aonde, Alena? — a voz de Ilya se tornou altiva.
Suspirei longamente.
— Ok. Fui atrás de Mikhail. — respondi, sentando no sofá. — Eu precisava entender o que estava acontecendo.
Os olhos dela se arregalaram e, em um segundo, ela me agarrou pelo braço.
— Você está doida? — a voz saiu mais alta do que o normal. — Alena, você não deveria ter feito isso.
— Eu sei me cuidar. — desviei o olhar, porque no fundo sabia que não era bem assim. — Ele estava no asilo, eu acho, e eu... precisava ouvir da boca dele.
Ilya bufou, largando meu braço, mas não afrouxou o olhar de reprovação.
— E o que ele disse?
— Que eu não deveria te