Mikhail Vasiliev
Ela estava ali. Parada. Me olhando como se tivesse acabado de ver o próprio inferno encarnado. Ou talvez o paraíso. Vai saber. Eu não me importava com o motivo. O que importava era o jeito como os olhos dela desceram pelo meu corpo, demorando demais onde eu queria que demorassem.
Fiz questão de deixar o pau duro, exposto, firme na mão, esfregando devagar como se dissesse: "olha o que é seu".
Eu sabia que ela não resistiria. Aquela freirinha fingida estava mais quente do que o vapor que saía do chuveiro. E quando ela virou de costas, apavorada com o que viu, com o que sentiu, eu ri. Por dentro, claro. Por fora, mantive o olhar predador.
Saí do box, a água escorrendo por cada linha do meu corpo, e caminhei até ela. Quando parei atrás dela, senti o cheiro do perfume misturado ao suor. Um cheiro doce. Inocente. Maldito.
— Acho que temos algo inacabado, não é mesmo?
Puxei o zíper do vestido devagar. Ela estremeceu. Vi os ombros nus se revelarem e meu pau pulsou com ainda m