Alena Petrova
O vestido ainda pesava no meu corpo, e eu juro que tentei me concentrar em qualquer outra coisa enquanto caminhava de volta para o quarto. Dei boa noite para Ilya, forcei um sorriso e até tentei não tropeçar na barra do vestido enquanto andava. Mas assim que me vi sozinha no corredor, a memória bateu com força: o brinde.
"Um beijo para oficializar a união do casal", disseram. E antes que eu pudesse processar, Mikhail já segurava meu rosto com firmeza, a boca colada na minha, a língua invadindo minha boca como se quisesse cravar ali uma marca. Um beijo quente, molhado, forte. Não teve gentileza. Teve possessão. E o pior é que eu gostei. Meu corpo inteiro reagiu, as pernas fraquejaram e eu quase esqueci onde estava.
Agora, sozinha no quarto, me vi tirando os sapatos como se estivesse no piloto automático. Mas meu coração, esse estava longe de estar calmo. As batidas estavam altas demais, rápidas demais. Olhei para a cama, mas não consegui deitar. Algo me chamou a atenção.