—Eu sei—ele diz e me beija como se a nossa vida dependesse daquilo. E, talvez, dependa mesmo. Talvez tudo o que fomos, tudo o que perdemos, tudo o que sofremos, sempre tenha sido só um caminho… para isso. Para nós.

Para esse amor que, mesmo quando parecia morto, só estava... esperando.

Então ele se afasta e com todo cuidado ele leva uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. Sua mão segura meu pescoço, e seu polegar desliza lentamente, provocando meu corpo inteiro com aquele toque sutil, viciante, insuportavelmente bom.

Não consigo me desvencilhar de seus olhos. Eles me prendem, me despem, me devoram. Suas mãos percorrem minhas costas, e cada toque dele acende uma trilha de arrepios.

— Me diga… — sua voz desce um tom, ainda mais rouca, mais grave, mais suja de desejo — O que acha de irmos para o meu quarto?

— Eu… — tento falar, mas minha voz simplesmente falha, morre, some, porque aquele polegar continua subindo e descendo no meu pescoço, lento, sensual, torturante.

Santino sorri la