Se aquele ogro achava que eu ia ficar escondida dentro de casa, estava muito enganado.
Marina
Fiz um esforço enorme para ignorar Santino parado ali. Uma tarefa praticamente sobre-humana, porque sua presença tinha o efeito de um campo magnético no meu corpo — era impossível fingir que ele não existia. Só o fato de saber que ele estava naquele mesmo ambiente já me deixava inquieta. Meu peito aquecia, minha pele parecia vibrar, e eu sentia um desconforto que não sabia nomear, embora suspeitasse perigosamente que começava com “atração” e terminava com “proibida”.
De relance, deixei meu olhar escorregar por ele — ah, erro de principiante. Suas pernas musculosas, definidas e cobertas por pelos negros, estavam expostas pela bermuda que, honestamente, parecia curta demais para a minha sanidade mental. A camiseta branca marcava seus ombros largos, os braços fortes, e cada centímetro daquela estrutura arrogante e máscula. Ele parecia esculpido. Forte, alto, e com aquela elegância predatória, selvagem, que só os felinos possuem. Um leão. Um leão irritado, diga-se de passagem.
E, p