O cheiro de café e frutas frescas preencheu o quarto. Valentina abriu os olhos devagar, sentindo um beijo suave pousando em sua testa. Victor sorriu de canto, equilibrando uma bandeja caprichosamente arrumada com o café da manhã.
— Bom dia, dorminhoca — disse ele, com uma voz grave e baixa.
Ela esfregou os olhos, sem disfarçar a surpresa.
— Que horas são? — Perguntou, sentando-se na cama, com os cabelos desgrenhados emoldurando o rosto.
— Quase dez. — Victor colocou a bandeja diante dela. — Preciso ir encontrar o meu sócio.
Ela arqueou uma sobrancelha, pegando um travesseiro e atirando contra ele.
— Quer dizer, aquele sócio mafioso? — Provocou, estreitando os olhos.
Victor pegou o travesseiro no ar, rindo baixo.
— Talvez seja... — respondeu, enquanto ajeitava a gravata. — Mas é sério, Val. Não quero ninguém me incomodando hoje.
Enquanto falava, ela começava a comer uma salada de frutas com preguiça e fome misturadas. O marido ficou parado, observando-a com um sorriso.
— Só estou te