A fazenda estava mergulhada num caos abafado. Uma tensão invisível escorria pelas paredes e se infiltrava nas vozes dos funcionários que, espalhados pelos arredores, varriam cada centímetro em busca de qualquer sinal de Valentina. Nenhum rastro. Nenhuma resposta.
Dentro da sede, o clima era de desespero contido. Alice, Silvana e alguns familiares tentavam organizar as ideias entre ligações, hipóteses e perguntas que ninguém conseguia responder. Foi nesse caótico momento que um telefone tocou. Ramon, com os olhos vermelhos, levantou-se em um impulso automático e foi para o escritório. Ele fechou a porta, e o que ouviu do outro lado da linha fez seu sangue gelar.
Ramon não saiu de lá, mas antes que alguém fosse atrás. A porta da frente se escancarou com violência, e o som seco rompeu o silêncio.
— Gente! Vão para sala de cinema! Agora! — A voz de Rique rompeu, exaltada e quase tremendo. — É urgente!
Ele correu sem esperar que alguém perguntasse nada. Era como se as palavras estivessem e