O corpo de Lucy se mexeu um pouquinho sobre seu peito, e Vitório afrouxou o braço para não acordá-la. Ela murmurou algo sem sentido e voltou a dormir. Ele apertou sua mão entre as dele, beijou o topo da cabeça dela com devoção silenciosa e fechou os olhos por alguns minutos, apenas sentindo sua esposa respirar suavemente.
Por um momento, o tempo ficou suspenso.
Algumas horas depois, o som de uma batida leve na porta, acompanhado da voz da voz infantil de Olavo ecoou no corredor. Vitorio sorriu, conferindo o relógio. Bem na hora, todos os dias. O estômago desse garoto era um despertador analógico.
— Papai? Mamãe? Já acordaram?
Vitório olhou para Lucy ainda adormecida, tranquila, ele se mexeu com cuidado, e cobriu Lucy com carinho, puxando o lençol até seus ombros. Ela precisava descansar.
Saiu devagar da cama, e se afastou com passos silenciosos. Vestiu uma bermuda, pegou o celular, e abriu a porta. Olavo estava lá, com o cabelo bagunçado e um pijama de astronauta segurando um de seus