Isis chegou à ONG.
Parou na entrada.
Corvo, Neumitcha e Zóio estavam lá, conversando baixo.
Quando a viram, o silêncio caiu como um trovão.
Ela andou até eles com passos firmes, mas os olhos marejados.
A mão segurava o caderno. O bolso carregava o pendrive.
Mas o que ela trazia de verdade era a verdade inteira.
Parou na frente deles.
A voz veio embargada, mas firme:
— Ele nunca mentiu pra mim.
Eu que não quis enxergar.
Zóio abaixou o olhar. Neumitcha engoliu seco. Corvo parecia segurar a respiração.
Ela continuou:
— Ele tava lá o tempo todo. Não pra espionar. Não pra enganar.
Ele tava lá porque escolheu. Escolheu o morro. Escolheu a gente.
Escolheu... me amar em silêncio.
Ela levantou o caderno.
O olhou como se fosse um pedaço de Theo. Era.
— Ele escreveu tudo. Cada linha. Cada dor. Cada escolha.
Ele era o único infiltrado que queria pertencer.
E eu... eu deixei ele se entregar. Sozinho.
A voz dela falhou. Mas não caiu.
— Eu li tudo. Ouvi tu