O chão de cimento frio da cela já não incomodava tanto Theo. Ele havia se acostumado. Mas ainda não conseguia dormir direito. A insônia agora era menos pelo desconforto e mais pelo peso do silêncio.
A porta se abriu devagar.
— Pronto, queridão — disse Mook entrando com um saco de roupas. — Roupa limpa do príncipe. E agora me dá as fedidas aí, vai.
Theo olhou com ironia.
— Vai fazer lavanderia agora também, Mook?
— Não. Só obedeço ordens. Se quiser, posso deixar apodrecer no canto. Mas aí vão me botar pra esfregar teu uniforme podre, e sinceramente, não tô a fim.
Theo jogou o saco com as roupas sujas pra ele.
— Aproveita que tá aqui e me responde. Quantos homens ficam de plantão aqui fora?
Mook parou. Olhou de lado.
— Quatro. Dois na entrada. Dois na base da escada. Turno trocando de seis em seis horas.
Theo anotava mentalmente.
— E câmeras?
— Três no corredor. Uma na porta da sala do teu pai. Tem um ponto cego atrás da ala de treinamento.
— E aquela mulher que vinha falar comigo? A do