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CAPÍTULO 63 – CADA UM COM SUA DOR

A turma teen se reunia no pátio da ONG como quem procura abrigo. Yasmin, Pavio, Gelo e Binho estavam ali, mas o riso de sempre tinha sumido. Tudo era silêncio.

— Isso tá esquisito — disse Gelo, chutando uma tampinha no chão. — Tipo... todo mundo quieto, a Isis sumida, o Bê daquele jeito...

— E o Theo, né? — completou Yasmin. — Ninguém fala. Ninguém diz nada. Como se ele tivesse evaporado.

— Ele não evaporou — disse Binho, com firmeza. — Ele foi levado. E ninguém me convence de que ele é do mal. Eu conheci aquele cara. Vi ele ensinar as crianças, vi ele rir com a gente. Se ele fosse como o pai, ele nunca teria ficado.

— Mas por que ele nunca contou? — Pavio perguntou. — Por que escondeu tudo?

— Porque ele teve medo. E porque amava a Isis. — Binho falou baixo. — E agora deve estar preso... ou morto.

Silêncio.

Do outro lado da ONG, Isis organizava papéis, linhas ligadas com alfinetes num painel. Um organograma de operações. Um mapa tático da base do Tenente. Documentos que Theo de
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