A corrente balançava na palma da mão de Theo como uma sentença. O pingente prateado, com a insígnia do Exército, reluzia à luz fraca que entrava pela janela. A medalha do General. Ele tinha estado ali. No quartinho. No refúgio de Theo. No seu esconderijo dentro do morro.
O peito dele arfava. A respiração descompassada. As mãos tremiam.
— Filha da puta... — murmurou, jogando a corrente no colchão como se queimasse seus dedos.
Theo puxou o celular do bolso com os dedos trêmulos.
— Atende, Bê... atende, caralho...
A linha completou.
— E aí, chefe? — a voz de Bê soou sonolenta.
— Vem pro quartinho. Agora. Rápido, mano! — Theo falava quase gritando, a voz embargada. — Ele esteve aqui!
— Quê? Quem, véi?
— O General! Meu pai, porra! Ele entrou aqui, deixou a corrente dele em cima da cama. Sem ninguém ver. Sem ninguém parar.
Silêncio.
— Tô indo. — Bê desligou.
Theo andava de um lado pro outro, a mão na cabeça, o suor escorrendo. Não era só o fato de o General ter estad