— Eu ainda não posso sair do hospital — disse Pérola. — Minha alta só é daqui a dois dias. — Olhou para o chefe. — Um exagero.
— Não, não é exagero — respondeu o chefe, com tom de pai.
Pérola sabia que era inútil prolongar a conversa com o seu chefe.
— Estou sem meu celular e minhas chaves, Matthew deve ter pegado, o que pode ser ainda mais perigoso para a Julia, já que estávamos tentando saber mais sobre ela. — olhou para o chefe. — Passe meu endereço a eles, por favor. — voltou seus olhos para o grupo. — No meu armário tem uma chave reserva; na mesa do computador está minha bolsa e a foto onde estão os amigos da Ju. Atrás dela tem a senha do alarme de segurança da casa onde eles estavam. — fez uma pausa. — Acessem meu computador, lá tem algumas pesquisas... espero que tenha algo que ajude.
— Pérola, eu nem sei como te agradecer. Só em sabermos que ela está viva já nos ajudou muito — falou Vincente.
— Pérola — chamou Eleonor — nos diga o que acha, por favor, seja sincera.