No aeroporto não havia choro, não havia tristeza; todos estavam reunidos, felizes. Conversavam animados, faziam planos e relembravam fatos engraçados. Uma voz feminina ecoou informando o embarque. Grace e Julia ficaram sérias, se olharam por um breve momento; o queixo de Grace tremeu, e os olhos de Julia se iluminaram com as lágrimas que estavam prestes a cair. As duas se abraçaram em silêncio — um abraço apertado, cheio de amor e esperança. Ambas desejavam que tudo desse certo dali em diante.
Zoe segurava seu coelho de pelúcia e, ao mesmo tempo, se agarrou ao braço de Heitor. Era como se agora a ficha estivesse caindo.
— Ei, querida, o que foi? — perguntou Heitor.
Zoe o olhava um tanto envergonhada; queria muito ir morar em York, mas agora estava com medo.
— Não era o que queria? Ir morar em York? — perguntou, sorrindo.
— Sim… — respondeu baixinho.
— Tudo bem ter medo. O novo dá medo mesmo, é normal. Todos nós estamos assim, mas vai ficar tudo bem, confia em mim — falou com doçura.
Z