Na manhã seguinte, Zoe acordou em seu quarto, sentou-se na cama e se lembrou da noite anterior.
"Papai deve ter me colocado na cama", pensou.
Olhou para o relógio. Já deveria estar se arrumando para a escola, mas não iria. Uma ideia iluminou sua mente. Esvaziou a mochila, colocou os livros embaixo da cama e deixou apenas uma caneta e um caderno.
"Eles vivem com blocos de anotações, mas isso vai servir", pensou.
Trocou de roupa, lavou o rosto, prendeu o cabelo e desceu para tomar café. Todos estavam à mesa, exceto seu pai.
— Achei que não iria hoje — falou Grace, colocando ovos mexidos no prato e pondo-o à sua frente.
— Acho que não ouvi o despertador... Cadê meu pai? — deu uma colherada nos ovos. — Obrigada, vó.
— Não fala de boca cheia, menina. Meu Deus, como se parece com a mãe... — Grace corou, não queria ter mencionado Julia.
— Desculpa, vó — disse, ainda com a boca cheia, mas sorrindo.
— Seu pai já foi para a faculdade — respondeu, limpando a boca de Zoe com um guardanapo.
— Ele