Zoe acordou cedo, se arrumou para ir à escola e, ao descer para tomar café, se deparou com o pai sentado, segurando seu coelho de pelúcia, com o olhar perdido em algum ponto da cozinha. Grace estava sentada comendo torradas. Ao ver Zoe, levantou-se e puxou uma cadeira.
— Seu pai não está bem — sussurrou.
— O que ele tem? — sussurrou de volta.
— Eu não sei. Levou os detetives ontem ao hotel, voltou agora de manhã e está aí, ó... desse jeito faz tempo.
— Acho que ele foi lá em casa, olha. — apontou para o coelho. — Deixa ele.
Zoe se serviu de cereal e comeu muito rápido — não queria se atrasar. Antes de sair, foi até o pai e o abraçou. Ele a prendeu no abraço e chorou, entregou o coelho de pelúcia a ela e passou a mão em seus cabelos.
— Vamos, não quero que se atrase — falou Otto.
— Não, pai, eu vou de bicicleta.
— Filha...
— Pai, não — interrompeu. — Quero ir de bicicleta. — devolveu o coelho. — Depois do colégio, vou ao parque.
— Não volta tarde, por favor.
— Tudo bem.
Zoe foi para a