Mundo ficciónIniciar sesiónO escritório, enfim, silenciou. Don Vitório conferiu a última assinatura, fez um gesto curto para o soldado à porta e murmurou, seco:
— A limpeza já foi feita?— Sim, Don. Sem vestígios.— Ótimo. Amanhã cedo quero relatório do Enzo sobre a transição nas casas do Terenze. E ninguém me incomoda esta noite.Guardou a caneta, ajeitou o paletó e, enquanto cruzava o corredor, percebeu que o som de vozes vinha forte do salão de jantar. Sorriu sozinho: sua cigana o esperava.A mesa estava posta com fartura — massas fumegantes, cordeiro ao forno, saladas coloridas, vinho rubi que refletia as chamas das velas. Ciganos e italianos misturavam-se sem cerimônias: Carmela ria com um dos soldados, Helena cochichava com Mateu, e o ex-Don observava tudo de seu lugar, com um brilho cansado e orgulhoso no olhar. Baran, ao lado de Enzo, mantinha a postura alerta, embora o sorriso de canto denunciasse bom humor.Sara, descalça, de saia longa e brincos que balan






