O galpão ficou em silêncio quando Don Vitório entrou e parou no fundo, em pé, como um paredão de granito. Mateu tomou lugar à sua esquerda; Enzo, à direita. Cem homens, alinhados em quatro fileiras, olhos à frente, punhos fechados. O ar cheirava a óleo de arma e a nervosismo.
Enzo deu um passo à frente, a voz limpa, cortando o espaço:— Agora que você escolheu os nove, precisamos de mais trinta. Vamos colocar cem homens à sua frente e você vai selecionar trinta. E vai me dizer por que eles entram, o que falta e o que precisa ser aperfeiçoado. Comece.Baran assentiu, sem pressa. Caminhou até a primeira fileira. O silêncio mudava de temperatura à medida que ele passava; alguns encaravam, outros temiam o contato dos olhos do cigano.Parou diante do primeiro. Observou as mãos, o queixo, a coluna. Tocou-lhe o ombro.— Esse. — Virou-se para Enzo. — Ombros soltos, respiração na cadência certa. Não treme sob pressão. Falta aprender mão fraca no tiro e econ