Baran ficou em silêncio por um instante após bater no peito. O gesto cigano, forte e solene, não era apenas um sinal de respeito — era um juramento. Enzo sentiu o peso daquilo. Um juramento cigano não se quebra.
Ele respirou fundo e disse:— Então, vamos começar. Quero ver, com seus próprios olhos, quem serve para estar ao nosso lado.Dois soldados foram chamados imediatamente. Em fila, os homens da casa começaram a entrar no pátio, um a um, como peças de xadrez aguardando avaliação. Eram mais de vinte, todos veteranos, homens que já haviam servido ao antigo Dom e que agora se curvavam diante da nova liderança.Baran observava cada um em silêncio. Seu olhar verde, penetrante e quase inquietante, fazia os soldados desviarem os olhos. Ele não precisava perguntar nada, não precisava trocar palavras. Bastava fitar os rostos, os gestos, o peso da respiração.— Esse — disse ele, apontando para o primeiro. — Esse é leal, mas tem medo. Vai obedecer se