Vitório voltou para o escritório, a mente ainda carregando o peso das palavras do pai. Encontrou Enzo já à mesa com Mateu, revisando mapas de rotas e relatórios de carregamentos. O Don tirou a máscara de reflexão e vestiu a do comandante.

— Enzo — disse em tom firme, mas sereno —, você já tem que começar a limpeza. Tire todos os documentos da antiga casa dos Terenze. Não deixe rastro algum.

Enzo assentiu, sério.

— Vou providenciar, Don.

Vitório se inclinou para frente, os olhos escuros fixando no primo.

— E lembre-se: a partir de agora, você assume. A família Terenze deixou de existir, mas as responsabilidades não. A esposa de Terenze e as filhas estarão sob a sua tutela. Elas são sua responsabilidade.

Fez uma pausa, a voz carregada de um peso diferente.

— Quando a menina estiver em idade de casar, você não vai impor nada. Você vai dar a ela a opção. Eu não quero mais mulheres obrigadas a nada. Elas têm que ter escolha. Esse será um no