A Praga dos Ciganos
Enquanto na Sicília os sinos soavam para celebrar o casamento de Sara e Don Vitório, no México o caos se espalhava dentro do cartel Rivera.Pietro José Rivera, primo de Rivera, estava com os nervos em frangalhos. Caminhava de um lado para o outro no salão principal da mansão, o rosto pálido, a testa suada, o corpo tomado por uma febre que não cedia. Não era o único. À sua volta, homens que sempre haviam sido fortes, brutais e temidos, agora se contorciam em dores, vomitando em baldes, esvaindo-se em diarreia e febres intermináveis.Rivera e Carmelita estavam prostrados, cada um em um quarto, mas a notícia se espalhara rápido: aquilo que começara como um simples mal-estar se transformara em uma onda de contaminação.— Isso não pode ser… — Pietro rugiu, socando a mesa. — O médico disse que era só uma virose! Três dias e estaria tudo resolvido!Um dos capangas, trêmulo e pálido, aproximou-se, enxugando a boca ensanguentad