Vitório entrou na banheira sem tirar os olhos dela. A água subiu, envolvendo os dois, mas ele só conseguia sentir o calor da pele da sua cigana.
Sara se afastou um pouco, apenas para provocar, batucando de leve na borda da banheira com o pandeiro ainda na mão.— Achei que o Don vinha me dar banho… — ela disse com um sorriso travesso, inclinando a cabeça e deixando os cabelos molhados escorrerem pelo ombro nu.Vitório avançou devagar, como se saboreasse cada segundo antes de tocá-la.— Eu vim, cigana mas você está brincando com fogo.— Fogo? — ela riu, o som ecoando suave pelo banheiro. — Eu sou o fogo, Don, e você vai ter que aprender a me apagar, ou a me deixar queimar.Ele chegou perto, segurando o queixo dela com firmeza, obrigando-a a encará-lo.— Você acha que consegue me provocar e sair impune?— Não, — ela respondeu, quase num sussurro, os olhos brilhando. — Eu quero ser punida, mas do jeito que só você sabe.V