Dia Seguinte

ENZO

Eu acordei com a cabeça pesada. Tinha sonhado com a mamãe Isabella. No sonho, ela me levava pra um lugar com cheiro de pipoca doce, cheio de luzes. Ela sorria, me chamava de “meu bebê”. Mas eu olhava pro lado e não via a Sofia. Não via o papai. Só ela.

E aí eu chorava no sonho.

Porque, mesmo com ela sorrindo... eu sentia falta da minha casa.

Da minha mãe de verdade.

Sentei na cama, abracei o Teddy — meu urso — e fiquei quietinho. A casa tava silenciosa. Eu sabia que o papai já tinha saído pro trabalho. Sofia devia estar fazendo café. Ela sempre deixava pão com queijo na sanduicheira e cortava as beiradinhas, do jeito que eu gosto.

Levantei devagar, ainda meio esquisito por dentro.

Quando cheguei na cozinha, ela tava lá. Cabelo preso, camiseta do papai, sorriso leve. Quando me viu, abriu os braços.

— Bom dia, meu amor. Dormiu bem?

Fui correndo pro colo dela. Me enfiei ali como se fosse o lugar mais seguro do mundo. E talvez fosse mesmo.

— Sonhei com a outra mamãe — fa