EDUARDO
Acordei com o som suave dos passarinhos e o sol invadindo o quarto devagar. Era um domingo de manhã calmo, mas meu coração já pressentia que não seria um dia comum.
Enzo apareceu no quarto com o cabelo bagunçado e os olhos brilhando.
— Pai... posso conversar com você?
Me ajeitei na cama, sentindo o peito apertar.
— Claro, filhão. O que foi?
Ele subiu na cama, sentou ao meu lado e ficou um tempo em silêncio, brincando com a barra do pijama. Já conhecia esse gesto. Era quando ele queria dizer algo importante, mas ainda não sabia como.
— A mamãe... a mamãe verdadeira... por que ela foi embora?
A pergunta caiu como uma pedra no meio do meu peito.
Eu sabia que esse momento ia chegar. Mas nunca tem como se preparar de verdade pra ele.
— Vem cá — puxei ele pro meu colo — deixa o papai te explicar direitinho.
***🩵***
SOFIA
Ouvi da porta. Não quis interromper. Só observei. Aquilo era entre eles dois. E mesmo que doesse, mesmo que me rasgasse por dentro, eu sabia que era necessário.
Ed