EDUARDO
Naquela tarde, deitados sob uma toalha grande estendida na grama, o céu parecia ainda mais azul, e as nuvens dançavam lentamente sobre nossas cabeças. Sofia apoiava a cabeça no meu peito, enquanto Enzo brincava com blocos, tentando construir um castelo que insistia em desmoronar.
— Acho que ele puxou sua teimosia — comento, rindo ao ver Enzo jogar os blocos longe com frustração.
Sofia ergue os olhos para mim, fingindo indignação.
— Minha teimosia? Você claramente não se olhou no espelho hoje.
— Teimosia boa — corrijo, dando um beijo leve no alto da cabeça dela. — Aquela que não desiste de quem ama, mesmo quando o mundo parece contra.
Ela sorri, fechando os olhos, os dedos traçando círculos preguiçosos no meu braço.
— Isso... isso é o que eu sempre quis. Ter um lugar, uma família, uma rotina simples que me faça sentir segura.
— E agora tem. Não vai mais precisar correr, Sofi.
Ela suspira fundo.
— Eu sei. Às vezes ainda me pego olhando por cima do ombro, esperando que algo dê er