SOFIA
Eduardo chega no fim da tarde, visivelmente exausto. Mas quando me vê brincando com Enzo, um sorriso escapa.
— Conseguiu conversar com seu pai?
Ele assente e se aproxima de mim. Me puxa pela cintura, encostando a testa na minha.
— Acabou. Disse a ele que não tem mais espaço pra interferências. Quero começar do zero com você, Sofia.
Meu coração dispara. É tudo o que eu queria ouvir. Mas há algo que ainda me prende.
— Eduardo... tem algo que preciso te contar.
Ele franze o cenho, me olhando com atenção.
— O que foi?
— Eu recebi uma carta hoje. É do meu pai.
Os olhos dele se arregalam.
— Seu pai? Mas você disse que não o vê faz tempo.
— Quando disse isso eu me referia ao homem que tenho registrado na minha certidão de nascimento.
Eduardo me encara confuso.
— Como assim?
— Essa carta que recebi está foi escrita por um homem que se diz ser o meu pai biológico.
— Seu pai? Que loucura é essa? Porque não me contou nada?
— Porque eu não sabia que ele existia. Minha mãe s