IsadoraO táxi para em frente à Mansão Lancaster e meu coração parece que vai saltar pela boca.A porta se abre e o silêncio me engole.A casa é enorme, toda vidro e aço, perfeita demais. Tudo parece medido, frio.Tento respirar devagar, mas não ajuda.— Senhorita Duarte? — a voz surge de algum lugar do corredor.Olho e vejo uma mulher parada, impecável, postura perfeita. Olhos firmes, quase militares.— Sim… sou eu — consigo dizer, a voz menor do que queria.— Sou Helena Parker. Governanta da casa.Tento sorrir. Um sorriso pequeno, nervoso.Ela não muda a expressão. Nada.— Siga-me. Vamos conversar no escritório.Sigo atrás dela.— Aqui é o escritório — diz Helena, abrindo a porta. O cômodo é escuro, apesar da luz que entra pelas janelas enormes. Mesas, telas, papéis organizados com precisão cirúrgica. Tudo muito sério, muito caro.— Sente-se — ordena, apontando a cadeira à minha frente. Obedeço.— Vamos começar com algumas perguntas básicas — continua, voz firme, sem qualquer calo
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