O sol nasceu preguiçoso, espalhando tons de ouro e coral sobre o mar.O vento brincava com as cortinas brancas do bangalô, e o barulho das ondas vinha como uma canção antiga — calma, constante, quase um sussurro de paz.Rose acordou antes dele.Ficou um tempo ali, deitada, observando Pedro dormir.Sem as defesas, ele parecia outro homem — menos herdeiro, mais humano.O peito subia devagar, o rosto sereno, o cabelo desalinhado de quem finalmente dormiu sem medo.Ela sorriu sem perceber.Pela primeira vez, o mundo não pesava sobre os ombros de nenhum dos dois.Levantou-se devagar e foi até a varanda.O sol batia na água, fazendo o oceano brilhar como vidro líquido.Pegou uma das xícaras deixadas sobre a mesa e se encostou na grade, inspirando fundo.— Tá me espionando enquanto durmo? — a voz dele veio rouca, ainda meio sonolenta.Rose virou o rosto, rindo. — Talvez.Pedro apareceu na porta, só com o lençol na cintura e o cabelo bagunçado.— Cuidado, Almeida. Espionar o chefe dá justa ca
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