A rotina no solar já se tornara confortável para Isabel, mas Gabriel tinha planos maiores. Havia semanas que organizava, em segredo, uma surpresa que, para ele, era mais do que um gesto: era a confirmação de tudo o que nascia entre eles.Na manhã de sábado, Gabriel apareceu no quarto de Isabel com um brilho diferente nos olhos.— Faça as malas — disse, a voz carregada de mistério. — Só algumas roupas, nada muito formal. Vamos viajar.— Viajar? — Isabel arqueou a sobrancelha, confusa. — Mas para onde?Ele apenas sorriu.— Confie em mim.Horas depois, o carro preto da família Ferraz cruzava as estradas arborizadas, deixando Santa Aurélia para trás. Isabel, no banco do passageiro, observava o mundo correr pela janela: campos dourados, colinas verdes e pequenas vilas que passavam como lembranças distantes. Gabriel mantinha uma das mãos no volante e a outra ocasionalmente repousava sobre a dela, firme, silenciosa, mas cheia de significado.Quando finalmente pararam, Isabel ficou sem palavr
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