Onde cada palavra é faca e cada silêncio é pólvoraDR. CARVALHO BORGESAmaro riu curto, cruel.— A diferença, vadia, é que essa eu fui buscar. Deu trabalho conquistar. E essa eu quero. Você não serve nem pra gozar por tédio.O rosto de Isabella ficou rubro. Vittório se inclinou, olhando para Amaro com sorriso sujo:— Hum… me deu tesão, amigo. Então essa aí é boa? Talvez eu deva cobrar o mesmo preço.Amaro recostou na cadeira, a voz cortando gelo:— Tenta. E você fica sem pau. Toca no que é meu, filho da puta.O sorriso de Vittório se desmanchou por um segundo. O olhar dele mudou. Mas voltou venenoso, agora mirando Noêmia:— Então, querida, viu que aqui não tem romance? Você merece um homem melhor. Esse aí nem pra reciclagem serve. Lixo tóxico. Velho. Deve tomar azulzinho pra subir. Duvido que seja bom de cama.Noêmia mordeu o lábio, segurando as lágrimas, mas não respondeu. Leonardo explodiu, cruzando os braços:— Que baixaria, Vittório! Não consegue conquistar uma mulher, precisa que
Leer más