A água os moveu devagar, trazendo-os de volta um para o outro, como se a própria piscina conspirasse contra qualquer distância. A aproximação era lenta, inevitável… Paloma sentiu-se como uma mariposa hipnotizada pela chama.De repente, César entrelaçou as pernas às dela, prendendo-a pelos tornozelos, como correntes invisíveis. Os corpos se amoldaram sob a superfície, o dela delicado e tenso, o dele rígido, vibrante, inescapável. Paloma percebeu, com um arrepio, que durante toda a brincadeira de pega-pega só tinha conseguido fugir porque ele havia permitido. Agora não havia mais fuga.A água os embalava em ondas suaves, fazendo seus corpos se moverem juntos, compassados, como se pertencessem à mesma cadência. César não disse nada. Apenas a encarava.Paloma tentou desviar o olhar, mas não conseguiu. Havia algo de magnético naqueles olhos, um poder que a desnorteava, como se ele pudesse ler cada pensamento que ela tentava esconder.— No que está pensando? — a voz dele rompeu o silêncio,
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