O carro entrou devagar na rua estreita, com o céu de Paris clareando entre os telhados. Era cedo, mas a cidade já parecia acordada — com seus cafés abrindo, pães sendo assados, vizinhos abrindo as janelas para espiar o dia.No banco do passageiro, eu segurava o caderno de desenhos como se fosse uma bússola.Lucca dirigia com calma, uma das mãos no volante e a outra sobre meu joelho, numa presença silenciosa que dizia tudo. Mas hoje… hoje era sobre outra presença.Hoje era delas.De Sophia.E de Louis.Quando o carro parou em frente ao prédio, meu coração disparou.Na janela do segundo andar, pendurada com metade do corpo pra fora, estava ela — de moletom, cabelo preso num coque torto, uma caneca de café numa mão e... um cartaz na outra.Escrito em letras coloridas e tortas:“BEM-VINDA, RAINHA DA TINTA!”— Ah, meu Deus — ri, cobrindo o rosto com as mãos.— Isso é amor — murmurou Lucca, sorrindo.Desci do carro com a alma em festa.Antes mesmo de alcançar a porta, Sophia já estava desce
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