O apartamento estava um caos criativo.

No chão da sala, folhas impressas com o layout do catálogo. No sofá, amostras de papel, etiquetas para as molduras, laços de cetim que Sophia insistia em usar nos pacotes de agradecimento.

No ateliê, todas as telas encostadas na parede, já numeradas e cuidadosamente protegidas com filme bolha. E no meio disso tudo… nós duas.

— Louis, NÃO! — gritei, correndo para impedir o gato de deitar em cima de um dos envelopes prontos para a galeria.

— Ele acha que é o curador, deixa! — Sophia disse, rindo.

— Ele vai acabar levando a exposição nas costas.

— Vai mesmo. Louis Bianchi, curador de corações.

Ri, jogando uma almofada nela. Ela devolveu com um laço dourado no meu cabelo.

— Tô tão nervosa, Sophia.

— Isso é o corpo entendendo que vem coisa grande. A melhor parte do medo é que ele só aparece quando algo importa de verdade.

— Parece frase de final de filme indie.

— E esse é o nosso. Com trilha sonora original e tudo.

Olhei ao redor. Papéis, tinta nos de