No dia seguinte, enquanto arrumava o bar para abrir, Júlia percebeu que a amiga estava mais pensativa que o normal.— Tá tudo bem? — perguntou, puxando uma cadeira para se sentar perto dela.— Sei lá, Júlia… — Cecília suspirou, passando a mão no cabelo. — Ontem, depois que ele me levou pra casa, Enrico sugeriu que eu fosse morar com ele.Júlia abriu os olhos, surpresa.— Sério? E o que você falou?— Que não ia rolar. Que é cedo demais, que eu não quero perder minha independência. Ele falou que é só temporário, até eu encontrar um lugar seguro, mas… não sei.— Entendo você — disse Júlia, sincera. — Eu também não ficaria confortável de entrar na casa dele assim, de repente. Mas do lado dele, faz sentido, né? Ele só quer garantir que você esteja segura.Cecília assentiu, pensativa.— É, ele quer proteger, eu sei. Mas às vezes parece que a proteção vira uma prisão. Não quero que ele pense que eu sou uma mulher frágil que precisa de salvador.Júlia sorriu, tentando aliviar o clima.— Talve
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