Ava Narrando Eu me debatia como podia. Minhas pernas chutavam o ar, meus braços tentavam se soltar daquele aperto bruto, mas o homem que me segurava era forte demais. Gritei, esperneei, tentei arranhar, morder, implorar, tudo ao mesmo tempo, enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas e ódio. Minha tia, a desgraçada, assistia tudo com um sorrisinho cínico no rosto. E ainda teve a audácia de acenar pra mim, como se eu estivesse indo de férias.Nunca fui agressiva, sempre agi com calma, mais confesso que minha vontade era bater nela, até ela perder a consciência. Essa desgraçada é capaz de fazer tudo por dinheiro, não quero nem imaginar o que fez dessa vez, me colocando como sua garantia.— SUA VADIA — eu gritei, tentando avançar nela — VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO.Mas eu não consegui nem dar um passo. O brutamonte segurou meus ombros e puxou meu cabelo com tanta força que gritei de dor. E foi aí que senti uma picada rápida, fria, no meu pescoço.Tudo ao meu redor começou a rodar.Minha vis
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