Glauco seguiu para o aeroporto, enquanto Amália fechava a porta atrás de si. Olhou em volta, a casa ainda impregnada pelo perfume dele, o cheiro másculo misturado ao leve aroma de vinho. Respirou fundo, sentindo o coração apertar.As palavras de Laerte ecoaram em sua mente, e, enquanto subia a escada lentamente, degrau por degrau, flashes da vida naquela casa lhe voltaram com intensidade: Glauco a carregando nos ombros pela primeira vez, o jantar, a dança, o beijo inesperado que era ao mesmo tempo punição e desejo. Lembrou-se também do dia em que ele atirou o quadro de Sofia escada abaixo, negando o ciúme, mas Amália sabia que era exatamente isso.No quarto, deixou a água quente do banho deslizar por seu corpo, como se quisesse levar embora a sensação da despedida. Vestiu uma camisola, só tinha camisolas, todas escolhidas por ele e deitou-se na cama ainda impregnada com o cheiro fresco e amadeirado de Glauco. Abraçou o travesseiro como se fosse ele e fechou os olhos. A imagem dele ab
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