O caminho até a propriedade de Rupert Wallace era estreito e cercado por árvores retorcidas, que se entrelaçavam no alto como se guardassem segredos do mundo. O céu de fim de tarde parecia pesar sobre o carro enquanto Theo dirigia com atenção, os olhos fixos na estrada de terra, agora encharcada pela garoa persistente. Eleanor, ao seu lado, apertava o caderno de Amélia contra o colo.— Ele realmente vive aqui? — murmurou ela, olhando pela janela em busca de qualquer sinal de civilização.— Segundo Meredith, há anos. Depois que se aposentou, praticamente sumiu do mapa.— Parece o tipo de pessoa que a minha tia confiaria.— Ou o único que acreditou nela — disse Theo, e o silêncio entre eles se estendeu.Quando finalmente avistaram a casa, Eleanor conteve a respiração. Era uma construção baixa, de pedra, com o telhado coberto por musgo e janelas pequenas que mais pareciam olhos atentos. Havia um portão de ferro aberto e um galho seco apoiado como se indicasse “não entre” — ou, talvez, co
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