A alvorada chegou pintando o céu com tons suaves de âmbar e violeta, como se a própria natureza celebrasse o novo ciclo. O orvalho cobria as folhas como um véu sagrado, e os pássaros, antes silenciosos, voltaram a cantar entre os galhos. Elena despertou com a sensação de estar entre mundos — o antigo e o novo, o espiritual e o terreno — e por um breve instante, teve a impressão de ouvir a voz da Despertada sussurrando em sua mente: “Lembre-se, a escuridão não morre, ela apenas adormece.”Ela se levantou lentamente, sentindo o corpo dolorido, mas o espírito revigorado. Ao sair da tenda, encontrou Kaela já em vigília, observando o horizonte com uma expressão séria. A guerreira não dormira. Seus olhos tinham olheiras fundas, mas seu porte permanecia firme.— Dormiu bem? — perguntou Kaela, sem desviar o olhar da linha das montanhas.— O suficiente — respondeu Elena, aproximando-se. — Está tudo calmo?Kaela assentiu. — Por enquanto. Mas algo está mudando. Senti a terra pulsar durante a noi
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