A aldeia dos Vorstag era feita de pedra, suor e antigas promessas.
Lobos viviam ali desde antes da linguagem escrita. As construções de madeira pesada e muros marcados por garras contavam histórias que ninguém ousava apagar.
E dentro de cada cabana, ecoava uma certeza:
os laços com bruxas só terminavam em sangue.
Quando Rurik passou pelos portões, todos pararam.
O cheiro dele... estava errado.
— Onde esteve? — rosnou Skarn, o beta, com a mandíbula trincada.
Rurik não respondeu. Continuou andando.
O lobo dentro dele já percebia o clima: hostilidade disfarçada de tradição.
— Está cheirando a erva e feitiço — disse outro, do lado esquerdo.
— Está suando como um cão marcado.
"Porque eu estou."
Mas ele não disse.
Ao chegar à pedra do conselho, encontrou o pai — Grigor, o líder da matilha — esperando.
O homem era uma muralha de músculos e silêncio, com olhos que viam através das máscaras.
— Fala, Rurik.
— Não há nada a dizer.
Grigor inclinou a cabeça.
— Você encontrou a bruxa.
Rurik cerrou