37. A sinfonia do desespero
As vinte e quatro horas que se seguiram à "morte" de Leonardo foram, para ele, um exercício febril de planejamento e contenção. O galpão abandonado, com seus fantasmas e sua poeira, transformou-se no cérebro de uma operação suicida. O braço ferido latejava, um lembrete constante da violência que o espreitava, mas a dor era um combustível, aguçando sua mente, focando sua determinação. Sabrina. Cada planta que desenhava da fortaleza Costello, cada rota de fuga que traçava, cada cálculo de tempo e risco, tudo convergia para ela.Ele precisava ser um fantasma, um sussurro nas sombras. A "morte" lhe dera essa vantagem, mas era uma vantagem frágil, que poderia se esvair ao menor erro. Sua primeira tarefa fora garantir que a empregada idosa, sua única e improvável aliada dentro dos muros inimigos, recebesse suas instruções. Usou um antigo contato, um entregador de flores que devia sua vida a Leonardo por um favor do passado, para enviar um buquê "anônimo" para a cozinha dos Costello, destina
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