38. O fio na navalha e a escolha de Tulio
A aparição de Tulio na porta do quarto de Sabrina foi como um balde de água fria sobre as brasas da esperança que Leonardo ousara acender. O braço direito de Don Costello, ladeado por dois dos mais temidos executores da famiglia, era a personificação da lealdade implacável, o cão de guarda que jamais falhava. A distração de Beatriz, por mais caótica que fosse lá fora, parecia ter apenas afiado os sentidos da segurança interna da fortaleza.
"Uma surpresa desagradável, Leonardo," Tulio disse, a voz calma, mas com um tom metálico que não admitia subterfúgios. "Esperava encontrá-lo no comando da resposta ao… pandemônio… que se instalou em nossos negócios. Não aqui, brincando de Romeu com a prisioneira do Don."
Leonardo empurrou Sabrina gentilmente para trás de si, protegendo-a com o corpo. Seus olhos azuis, frios e calculistas, encontraram os de Tulio. "A signorina Rossi não é uma prisioneira, Tulio. É uma vítima. E eu estava garantindo sua segurança."
"Segurança?" Tulio arqueou uma sobra