31. A chave esquecida
A mansão Rossi, antes um símbolo de poder e estabilidade para Sabrina, transformara-se num labirinto de corredores silenciosos e olhares vigilantes. As ordens de seu pai, Lorenzo, ecoavam em cada canto: confinamento estrito, comunicação monitorada. Mas a descoberta da pequena chave de bronze e do bilhete enigmático de sua avó Isabella acendera em Sabrina uma chama de esperança e uma nova e perigosa determinação. "Onde as memórias mais antigas repousam." A frase não lhe saía da cabeça.
Enquanto o mundo exterior fervilhava com as consequências do pronunciamento de Lorenzo Rossi – a caçada internacional por Leonardo e por ela, a recompensa polpuda que atraía mercenários e abutres de toda espécie –, Sabrina iniciava sua própria caçada silenciosa, dentro das paredes de sua prisão dourada. Com a ajuda discreta e apavorada de Lena, a velha empregada que se tornara sua confidente improvável, ela começou a explorar os cantos esquecidos da mansão, os lugares onde as "memórias mais antigas" da fa