O porto de Nápoles cheirava a sal, petróleo e segredos podres. Alonso contornou dois contêineres enferrujados, a Beretta pesando contra suas costelas como um lembrete pulsante: *isso é uma armadilha*. Mas o corpo dele ainda ardia onde os dedos de Ekatarina tinham se cravado horas antes. O armazém 12 estava escuro, apenas um fio de luz vazando pela porta dos fundos. Ele empurrou-a com o ombro—desarmado, mas não indefeso—e encontrou o interior repleto de caixas cobertas por lonas. E então... *Click.* O som frio de um cão sendo engatilhado pressinou sua nuca. — *Deveria ter trazido seus guarda-costas, Morreti* — sussurrou uma voz feminina, quente contra sua orelha. Alonso sorriu no escuro. — *Deveria saber que eu gosto quando você me ameaça, Makialov.* Um riso baixo. A pressão desapareceu. Luzes fracas se acenderam, revelando Ekatarina em trajes de combate—calças justas de couro, top preto que deixava a cintura sinuosa à mostra, e aquele mesmo perfume de jasmim e perigo.
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